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CFM diz que vetos são agressão e traição aos médicos

12 Julho 2013 por:
Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
 
 
 
 
 
 
 
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, considera que o veto parcial da lei que regulamenta o exercício da medicina, conhecida como Ato Médico, foi uma agressão aos médicos. Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff, que vetou partes da lei, foi mal assessorada e criticou a atuação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. ?Fomos traídos pelo ministro da Saúde?, disse d'Ávila.
 
"Nós [médicos] estamos sendo agredidos, o Congresso desautorizado e a população está desprotegida?, acrescentou.
 
A presidenta vetou trecho da lei que estabelecia ser exclusivo dos médicos o diagnóstico e tratamento de doenças. Ao justificar o veto, o governo alegou que a medida iria afetar programas da rede pública de saúde, que funcionam com atuação de diversos profissionais de saúde. O Ato Médico sempre foi defendido pela categoria médica, mas contestado pelos demais profissionais de saúde, como fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos.
 
?Na nossa visão [o Ato Médico] não significa mais nada. O veto fere de morte o projeto?,  avaliou o presidente do CFM. Ele defende que os médicos são os profissionais preparados para fazer diagnósticos e indicar tratamento, e cada profissão deve ter uma relação de atividades. 
 
Com o veto, d'Ávila avalia que o atendimento aos usuários da rede pública será prejudicado, pois parte da população que tem condições de pagar por uma consulta vai continuar a procurar um médico para ter um diganóstico. "Para o povo do SUS pode ser qualquer profissional?, disse.
 
Segundo o presidente, a classe médica vive uma crise com o governo e "é a segunda agressão da semana", se referindo ao lançamento do Programa Mais Médicos, que prevê a contratação de médicos estrangeiros para atuarem nas periferias e no interior do país e trabalho obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para estudantes de medicina. Medidas contestadas pelo CFM.
 
O presidente disse que vai sugerir ao plenário do CFM que retire todas as suas representações nas câmaras técnicas do governo. Para d'Ávila, ao vetar parcialmente o Ato Médico, o governo desprezou 12 anos de discussão, 27 audiências e três votações nas quais o projeto foi aprovado no Parlamento.  Em nota publicada em seu site, o Ministério da Saúde alega que em todo o processo de debate foi levado em consideração as manifestações do Congresso Nacional, de secretarias municipais de saúde e das entidades nacionais municipalistas.
 
Os vetos presidenciais serão apreciados pelo Congresso Nacional. Roberto d'Ávila disse que a cateogira vai se mobilizar para derrubá-los.?Vamos lutar para derrubar esses vetos?, destacou. O CFM é contra uma greve, mas não descarta a possibilidade de protestos.
 
As categorias de profissionais da saúde, que não são médicos, comemoraram a decisão da presidenta de vetar trechos do projeto. Para eles, os vetos foram uma vitória para o SUS e os brasileiros.
 
O governo informou que vai consultar as entidades representativas de profissionais da saúde para depois apresentar novo projeto de lei que assegure as competências de cada profissão.
 
O Ministério da Saúde informou que não vai se manifestar sobre as declarações do presidente do CFM.
 
 
Agência Brasil
 

 

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