Da Redação Reality Ininvestment MS
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O PMDB fez chegar à presidente Dilma Rousseff a seguinte exigência: se o ministro Cid Gomes não fosse demitido ou entregasse o pedido de demissão da pasta da Educação, ainda na tarde desta quarta-feira (18), o partido estaria fora do governo e da base aliada. A Câmara Federal venceu a queda de braços, e após três horas de tumultuada sessão em que o ministro foi ouvido, o presidente da Mesa Diretora Eduardo Cunha, foi informado através do Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, que a presidente Dilma havia exonerado Cid Gomes da pasta da Educação.
Cunha fez o anúncio às 18 horas, poucos minutos após o líder do Governo José Guimarães, comunicar que Cid Gomes estava indo ao Palácio conversar com a presidente Dilma Rousseff. A situação do ex-governador do Ceará ficou insustentável e foi pego como bode expiatório na crise entre o Palácio do Planalto e a base aliada no Congresso Nacional. As declarações de Gomes, ao tachar parlamentares de achacadores, foram infelizes e ampliaram a crise na conflituosa relação entre Executivo e Legislativo.
Convocado para prestar esclarecimentos na quarta-feira da semana passada, Cid Gomes teve problemas de saúde no dia anterior e permaneceu internado durante dois dias no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A convocação foi transferida para esta quarta-feira (18). O ex-governador do Ceará não se desculpou. Reafirmou as declarações e os deputados federais se sentiram agredidos. A ausência de aliados do Governo Federal durante a Comissão Especial da Câmara na tarde desta quarta-feira para defendê-lo, já era uma demonstração de fragilidade diante de um futuro certo: a exoneração.