Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
Homens armados invadiram um shopping de luxo na capital do Quênia e provocaram um banho de sangue. Trinta e nove pessoas foram mortas e mais de 150 ficaram feridas. Um grupo radical islâmico assumiu a autoria do atentado.
No início da tarde, homens armados com fuzis invadiram o Shopping Westgate e abriram fogo. Testemunhas disseram ter ouvido explosões de granadas. Houve muita correria.
Foram duas horas de tiroteio, até a polícia invadir o centro comercial e encurralar os invasores. Clientes foram feitos reféns e o estabelecimento foi cercado. Do lado de fora, feridos recebiam tratamento nas calçadas.
Segundo um homem, que estava na praça de alimentação e conseguiu escapar, os atiradores usavam coletes à prova de balas.
Há relatos de que os agressores ordenaram que os muçulmanos saíssem do prédio, antes de começarem a atirar. A hipótese inicial era de assalto. Mas logo o governo queniano admitiu que se tratava de um ato terrorista.
No início da noite, o ataque foi assumido pelo grupo islâmico Al Shabab, da Somália, que tem ligações com a rede terrorista al-Qaeda.
Os militantes já tinham ameaçado atacar o shopping, depois que o exército do Quênia combateu insurgentes islâmicos na Somália, em 2011.
O Shopping Westgate fica numa área nobre de Nairobi e é frequentado pela elite do Quênia, além de funcionários de embaixadas e turistas.
Em um pronunciamento pela TV, o presidente do Quênia classificou o episódio como um atentado covarde. E prometeu uma dura resposta aos terroristas.
Há 32 anos, a assembléia geral das Nações Unidas declarou o 21 de setembro como o dia internacional da paz. Ou seja, este sábado era pra ser um dia de cessar-fogo e de não-violência em todo o mundo.
Em Londres, o ministério do exterior emitiu uma nota desaconselhando viagens ao Quênia, uma ex-colônia britânica.
O massacre provocou reações nos Estados Unidos. De acordo com a rede de televisão americana CNN, alguns terroristas continuam dentro do shopping mantendo pessoas reféns.
Há informações não confirmadas de que entre eles estariam americanos, britânicos e funcionários das Nações Unidas.
O governo britânico enviou ao Quênia uma unidade de comandos com experiência em combate a terroristas. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que perdeu parentes próximos no ataque.
Em Washington, o presidente Barack Obama condenou o atentado e prometeu ajuda ao Quênia, um dos maiores aliados dos Estados Unidos na África na guerra contra o terrorismo.
O pai de Obama era queniano, e o presidente americano tem muitos parentes no país.
Jornal Nacional
G1