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MS adere a programa que melhora atendimento a mulher vítima de violência na cidade, área rural e fronteira

10 Dezembro 2013 por:
Reality Ininvestment MS/Foto: Edemir Rodrigues
 
 
 
 
 
 
 
O Governo do Estado aderiu na manhã desta segunda-feira (9) ao Programa ?Mulher: Viver sem Violência?, projeto que prevê a construção de uma Casa da Mulher Brasileira na Capital e dois ônibus de acolhimento às mulheres do campo, entregues na solenidade desta segunda. O evento aconteceu na Governadoria e teve a presença da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), Eleonora Minecucci, que anunciou durante a solenidade a construção de dois núcleos de Atendimento à Mulher da Fronteira, a serem instalados nos municípios de Ponta Porã e Corumbá.
 
De acordo com a ministra, Mato Grosso do Sul é o 18º estado a aderir ao programa, que não se resume apenas à construção da Casa da Mulher Brasileira e à entrega das unidades móveis, mas a uma série de ações que irão melhorar o atendimento às mulheres vítimas de violência. ?Esse programa também prevê a ampliação da rede 180, o atendimento humanizado e a coleta de provas, o núcleo de atendimento às mulheres da fronteira e campanhas continuadas de conscientização. O ligue 180 sofrerá uma modificação em janeiro próximo mudando para disque 180. A Casa da Mulher de Campo Grande será entregue no primeiro semestre de 2014, até o dia 15 de junho. Agora estamos estudando a possibilidade de enviarmos para cá, também, um barco que cumpre o mesmo papel das unidades móveis e que serão entregues apenas a três regiões: Vale do São Francisco, Ilha de Marajó e área do Chico Mendes. O que nos orientou a esse projeto foi a possibilidade de oferecer todos os serviços de forma integrada em um mesmo espaço físico, o que facilitará o acesso das mulheres a eles. O fato de estarmos integrando os serviços não quer dizer que os outros deverão acabar, pelo contrário, é ?plus? o que facilitará sem dúvida o acesso das mulheres a eles?, disse.
 
Para a vice-governadora, Simone Tebet, a construção da Casa da Mulher Brasileira na Capital será mais uma porta de entrada para as mulheres vítimas de violência, que antes procuravam o pronto-socorro, as delegacias, o pronto atendimento. ?Só que na Casa da Mulher Brasileiras diferente dos outros órgãos que não conseguiam fazer tudo sozinhos, será a porta de entrada e de saída. A mulher poderá entrar de cabeça baixa, mas sairá sempre de cabeça erguida, se ela não tiver carteira de trabalho nós a faremos, se ela não tiver assistência médica nós daremos. Este projeto é sem dúvida um dos maiores do Governo Federal?, elogiou.
 
Segundo a titular da Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania, Tai Loschi, os benefícios da adesão ao Programa irão contribuir muito para o trabalho da rede de enfrentamento à violência contra a mulher no Estado. ?MS avança na política de enfrentamento à violência de gênero através da rede estadual de enfrentamento à violência contra a mulher, mais precisamente através dos 27 municípios que contam com organismos de gestão e atendimento às mulheres. No que tange às unidades móveis de acolhimento às mulheres do campo estarão em contato direto com as gestoras municipais de políticas para mulheres, presentes em 25 cidades, com as coordenadoras dos Centros de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência em todos os municípios pólos, e com todas as lideranças do campo, das mulheres indígenas e quilombolas. A participação de todas nesse processo é de fundamental importância já que são elas  que conhecem a realidade de cada  região. A presença de 203 assentamentos no estado, 75 aldeias com 9 etnias e 21 comunidades quilombolas são algumas das diretrizes para a elaboração do cronograma de trabalho das unidades móveis?, explicou.
 
De acordo com o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, que receberá um Núcleo de Atendimento à Mulher da Fronteira, o momento é de agradecimento e de reconhecer que há muito que se avançar na questão do gênero. "Ainda convivemos com esse absurdo que é a violência contra a mulher, mas temos que reconhecer  e avançar. O importante é que nosso Centro de Atendimento agora ficará fortalecido com o Núcleo e que o Governo Federal teve um olhar diferente com Corumbá", disse.
 
Para a beneficiária do projeto Dina de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terenos, e moradora do assentamento Nova Querência na região do município, os ônibus são uma reivindicação antiga por parte do movimento das mulheres rurais. ?A questão operacional e a distância da área rural são infinitas e os ônibus vêm ao encontro da nossa necessidade. Acredito que agora estaremos mais próximas da Justiça?, declarou.
 
Participaram do evento a primeira-dama do Estado, Beth Puccinelli; lideranças dos movimentos sociais da área rural, quilombolas e indígenas; autoridades como a deputada estadual Dione Hashioka; o deputado federal, Geraldo Rezende; o prefeito da Capital, Alcides Bernal; o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte; o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes; a secretária das mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Luna; a titular da delegacia da Mulher na Capital, Rosely Molina e outros envolvidos na rede de enfrentamento à violência contra a mulher.
 
 
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