Nasa aconselha rezar frente a ameaça de asteroide
20 Março 2013 por:
Redação Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
Questionado sobre o que poderia fazer se houvessem descoberto um grande asteroide em rota de colisão com a Terra nas próximas semanas, o diretor da agência espacial norte-americana (Nasa), Charles Bolden, respondeu que poderiam rezar.
A avaliação do diretor ocorreu durante uma audiência nesta terça-feira (19), perante o Comitê de Ciência da Casa dos Representantes dos Estados Unidos. Os membros do Congresso questionaram a Nasa, a Casa Branca e a oficiais da Força Aérea sobre o que eles poderiam fazer a respeito de uma situação do tipo. A resposta foi objetiva, e o consenso é de que não poderiam fazer muito mais do que isso se descobrissem um corpo celeste em rota de colisão com Terra.
A atenção dos políticos em relação ao tema ganhou força após os eventos ocorridos em fevereiro, quando um grande asteroide passou a menor distância já registrada do planeta Terra, abaixo do cinturão de satélites de comunicação, e no mesmo dia um meteorito explodiu sobre a cidade russa de Tcheliabinsk causando grandes danos em construções da região e ferindo mais 1.500 pessoas.
O conselheiro da Casa Branca para a Ciência, John Holdren, afirmou que a Nasa consegue detectar aproximadamente 95% dos grandes asteroides, com diâmetro igual ou superior a 1km, que se aproximam da Terra. Porém apenas 10% dos cerca de 10 mil asteroides com diâmetro inferior, que podem destruir uma cidade, foram detectados.
Além dos eventos ocorridos no mês passado a audiência serve para mensurar os gastos com projetos da agência espacial. De acordo com Holdren, o financiamento dedicado à catalogação de corpos celestes potencialmente perigosos obteve aumento US$ 5 milhões para mais de US$ 20 milhões nos últimos dois anos, porém o rastreamento da maioria desses objetos de diâmetro inferior deve demorar até 2030.