Tarifa do transporte é arredondada para R$ 3,00

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A partir desta quarta-feira (12), a tarifa do transporte coletivo de Campo Grande passa a custar R$ 3,00, valor R$ 0,01 maior do que inicialmente foi anunciado na última sexta-feira. A medida é para evitar problemas de troco na recarga e compra de cartões do transporte coletivo, que tem aproximadamente 1.080 pontos de revenda espalhados pela cidade. ?Este foi o valor apurado pelos técnicos da Agereg, enquanto o consórcio que explora o serviço, indicava uma tarifa de R$ 3,06?, explica o diretor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços e Delegados de Campo Grande, Rudel Trindade Júnior.

 

?O Consórcio Guaicurus consultou o sistema bancário, sobre a viabilidade para suprimento de moedas de R$ 0,01, mas a resposta foi negativa. Avaliou-se também a dificuldade de logística na distribuição por tantos pontos de venda?, ponderou Rudel.

 

O decreto 1.246, que reajusta a tarifa de ônibus, fixou em R$ 3,60 a passagem do ônibus executivo (o fresquinho) e em sete datas especiais o usuário vai pagar R$ 1,20: 1º de Maio (Dia do Trabalho); 02 de Novembro (Finados); 26 de Agosto (aniversário de Campo Grande); no segundo domingo de maio, Dia das Mães; segundo domingo de agosto, Dia dos Pais , Natal e Ano Novo. 

 

Embora a nova tarifa seja 11% superior ao valor pago atualmente pelo usuário, como a base de cálculo do reajuste foi a tarifa técnica em vigor, de R$ 2,76, a correção foi de 8,768%. Em novembro do ano passado, a prefeitura isentou os 5% de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza). Esta renúncia fiscal barateava em 3% a tarifa vigente, que caiu dos R$ 2,85 vigentes na época, para R$ 2,76. A tarifa foi reduzida para R$ 2,70 e assegurou-se às empresas um crédito de R$ 0,06 (seis centavos) a ser devolvido na data-base de reajuste tarifário, em 25 de outubro, que está sendo concedido agora. 

 

Conforme a planilha da Agereg, dois insumos foram determinantes para o reajuste tarifário autorizado. A mão de obra, que representa 40% do custo operacional das empresas, teve correção de 8%, com o salário-base do motorisa subindo de R$ 1.470,32 para R$ 1.587,95. O óleo diesel, que representa 25% dos gastos, teve correção de 13,393% (o litro passou de R$ 2,1840 para R$ 2,529, preço de outubro); enquanto o INPC , que representa 10% na composição da tarifa, foi de 6,993%.

 

 

Último reajuste

O último reajuste da tarifa do transporte coletivo de Campo Grande foi 5,56%, passando na ocasião de R$ 2,70, para R$ 2, 85, em fevereiro de 2012. Neste período, o IPCA-Geral, que é a inflação oficial do País, ficou em 17,10%. Nesta revisão tarifária que entra em vigor na próxima quarta-feira, a tarifa sobe 11,11%.

 

Em 1º de julho de 2013, com a isenção pelo Governo Federal do PIS-Cofins cobrado do transporte, a tarifa pôde ser reduzida em R$ 0,10, três meses antes da revisão tarifária anual, ficando em R$ 2,75. Em outubro, data-base do aumento, a Agência de Regulação calculou em R$ 2,9083 a passagem, preço que nem chegou a ser cobrado porque a prefeitura isentou as empresas de ônibus de pagar os 5% do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, uma renúncia fiscal superior a R$ 1 milhão por mês. Com isto, esta tarifa cairia para R$ 2,76, mas negociou-se na época a manutenção dos R$ 2,70, tendo sido garantido às concessionárias (em documento) a ?devolução ? deste crédito de R$ 0,06 no reajuste de agora, outubro de 2014. Por isto, o reajuste deste ano tomou como base R$ 2,76, não os R$ 2,70 vigentes.

 

 

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