TIM, Oi e Claro tem venda de serviços suspensa pela Anatel

Redação Reality Ininvestment MS

 

Foi anunciado oficialmente nesta quarta-feira (18) pelo Presidente da Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, a decisão de suspender temporariamente a venda de novos serviços de telefonia celular para as operadoras TIM, Oi e Claro. A proibição passa a valer a partir da próxima segunda-feira (23), e afeta uma operadora em cada estado brasileiro.

 

A sanção aplicada pela Anatel não contempla multa, desde que não haja descumprimento da proibição de comercializar serviços nos estados em que a operadora está restringida, se houver, a multa deve ser de R$ 200.000 por dia. Cada estado teve uma operadora restringida, sendo ao total 27 restrições divididas pelas três operadoras, sendo a TIM a mais atingida, com 18 estados e o Distrito Federal restringidos, seguida da Oi com 5 restrições e a Claro com 3 restrições.

 

Conforme Rezende, as sanções aplicadas pela Anatel tiveram como embasamento análises que buscaram a média de reclamações recebidas pelo órgão em cada estado, quantidade de interrupções nas ligações ou transferência de dados, a capacidade de rede, e o atendimento aos clientes. As informações reunidas são desde janeiro de 2011 até junho deste ano.

 

De acordo com a Anatel, as três operadoras corresponde a pelo menos 70% do mercado de telefonia móvel no país. A operadora TIM foi que obteve a pior média nacional, e ocupa a ultima posição de qualidade em 18 estados e o Distrito Federal, dos quais foi restringida de vender novos planos.

 

Estados restringidos para TIM: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins.

 

A restrição para a Oi incide sobre os estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul. Para a Claro somente três estados foram restringidos, sendo Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

 

Para que as operadoras possam voltar a comercializar seus serviços, elas devem apresentar no prazo de 30 dias, planos de investimento para melhoria da qualidade dos serviços prestados e sanando os problemas. Porém, esses planos de investimentos, quando apresentados, deverão ser analisados pela Anatel, que decidirá se aceita ou não, as condições dos planos.

 

Se as condições forem aceitas, a Anatel deve fazer o acompanhamento do implemento dos planos apresentados pelas operadoras. Para o cliente, a melhoria mais sensível deve ocorrer na qualidade das áreas de atendimento e call center. As tarifas não devem sofrer alterações. No entanto, a mudança na infraestrutura deve levar mais tempo para ser notada pela população.

 

A VIVO, atual líder do mercado brasileiro de telefonia móvel, também deve apresentar planos de melhorias no serviço, junto com as operadoras CTBC e Sercomtel, sob pena de também ter suas vendas restringidas.