Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
Mesmo que você digite mais rápido do que escreve, é melhor deixar o tablet ou o notebook de lado e pegar a caneta ao fazer anotações em aula, reuniões ou palestras.
E quem faz esta sugestão são dois cientistas, Pam Mueller, de Princeton, e Daniel Oppenheimer da Universidade da Califórnia, autores de um estudo publicado pelo jornal Psychological Science.
Eles descobriram que escrever à mão é bem mais eficiente para a memorização do que digitar. De acordo com o estudo, quem escreveu, ao invés de digitar, foi melhor no teste de retenção de informação na memória do que os colegas que fizeram o inverso.
Renato Alves, recordista brasileiro de memorização e autor do livro ?Faça Seu Cérebro Trabalhar por Você? (Editora Gente) ?assina embaixo? desta recomendação.?Quando escrevemos ativamos a memória sensorial e motora que registra os momentos feitos pelas mãos?, explica.
Ele vai além: pede para caprichar na letra. ?Quando você tem esse cuidado, precisa entrar num estado de concentração, ou seja, o ato de escrever por si só já ajuda a manter a mente mais focada. E como sabemos foco potencializa ainda mais a memorização?, diz.
Em seu livro ?Não Pergunte Se Ele Estudou? (Humano Editora), Alves explica também que assistir uma aula prestando atenção e em seguida pegar uma folha de papel e fazer anotações traz ainda mais resultados.
?Ao processar e selecionar o que vai para o papel você acaba estimulando o córtex e produzindo sinapses. Escrever pode nos deixar mais inteligentes?, diz o especialista.
Para ele, são três atitudes quem estimulam a capacidade de memorização durante uma aula, palestra ou reunião:
1- Sente-se na primeira fila. ?Para evitar dispersão?, diz.
2- Participe ativamente. ?Acompanhar mentalmente a explicação, perguntar e participar ajuda a manter o foco?, diz.
3- Após a aula e com dúvidas solucionadas, faça um breve relatório, à mão, do que foi explicado. ?Isso vai promover a fixação do assunto na memória?, diz.
Por Camila Pati
Do Exame.com