NOTÍCIA
Veja o que muda para quem viaja ao exterior com cartão de débito
29 Dezembro 2013 por:
Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
O aumento da alíquota do imposto que incide sobre cheques viagem e cartões pré-pagos em moeda estrangeira pegou de surpresa quem planejou viagem pro exterior. A mudança vai deixar essas transações mais caras.
Ele surgiu como uma alternativa pra quem viaja pra fora do país. Prático, seguro e barato. Barato até sexta-feira (27), quando o Governo Federal, numa simples canetada, aumentou o imposto sobre operações financeiras, o IOF, sobre o cartão de débito pré-pago.
Quem foi neste sábado a uma casa de câmbio carregar o cartão de débito internacional com moeda estrangeira levou um susto. Em vez de pagar 0,38% de IOF sobre o montante comprado, pagou 6,38%. Sabe quanto dá isso de aumento? 1579%.
Nilton foi um dos últimos a escapar da regra nova. Carregou na sexta-feira US$ 400 e pagou US$ 1,50 de imposto. Se fosse no sábado, ele pagaria US$ 25,50 de imposto.
A regra também mudou para os saques no exterior e os cheques de viagem, ou traveller checks. Para cartões de crédito, que já tinham a tarifa de IOF mais alta, fica tudo igual.
Seis milhões e meio de brasileiros pretendem viajar para fora até agosto do ano que vem, segundo um levantamento do Instituto Data Popular. Os gastos da brasileirada no exterior têm batido recordes.
Em 2013, já foram US$ 23 bilhões, 14% mais do que no ano passado. Agora o governo vai ficar com uma fatia maior desse bolo. A previsão é de uma arrecadação extra de meio bilhão de reais por ano graças à mudança no imposto.
Para o especialista em finanças pessoais Mauro Calil, o cartão de débito pré-pago continua mais atraente do que o cartão de crédito.
?O cartão de débito perdeu somente uma das vantagens, que foi a vantagem tributária. As demais vantagens permanecem: por exemplo, você sabe exatamente qual o dólar que você está pagando no momento em que você carrega o seu cartão. Coisa que no cartão de crédito você não sabe?, explica o especialista.
A melhor opção volta a ser viajar com dinheiro vivo, porque a compra de dólares no Brasil segue com IOF de 0,38%.
Jornal Nacional
G1
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