NOTÍCIA

Após morte de executivo, como fica a Yoki e a Kitano.

09 Junho 2012 por: Redação Reality Ininvestment MS/Foto Divulgação

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio.  Segundo investigação, o empresário foi assassinado com um tiro e esquartejado pela própria mulher, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho.

Elize e Marcos eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano.  Em depoimento dois dias depois de ser presa, a mulher do empresário morto acabou confessando a autoria do crime, alegando ter descoberto uma traição do marido e que, durante uma discussão, foi agredida.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a polícia aguarda os últimos resultados dos laudos da perícia e decidiu que não será mais necessários novos depoimentos. Ao todo, sete pessoas foram ouvidas.

Repercussão nos negócios

Na sede da fabricante paulista de alimentos industrializados Yoki, em São Bernardo do Campo, o clima ainda é de indignação e revolta. Justamente no dia 24 de maio, a americana de alimentos General Mills, anunciaria a compra por R$ 2 bilhões da companhia brasileira, fundada em 1960 pelo imigrante japonês Yoshizo Kitano. A semana que seria de grande comemoração, terminou com a notícia do desaparecimento de seu diretor-executivo Marcos Kitano Matsunaga, neto do fundador da Yoki e filho do CEO Mitsuo Matsunaga.

Assim, a esperança é de que o brutal crime não promova uma decadência sobre uma empresa que começou pequena, vendendo cereais e farinha e soube expandir suas atividades para uma gama de 620 produtos, superando a marca de R$ 1 bilhão de faturamento anual.  

Em sua trajetória, a empresa guarda uma passagem considerada relevante, quando em 1989, ainda sob o nome de Kitano, foi atingida pela crise econômica e teve que vender sua maior parte. Mas com empreendedorismo reergueu-se com o dinheiro da venda, avançou criando novas linhas e passou a exportar. Após oito anos, conseguiu reaver de volta, e com excelente margem de lucro a marca Kitano, hoje parte importante da empresa.

Quem é a Yoki

A Yoki é sucessora da Kitano, fundada em 1960, por Yoshizo Kitano, que começou a empresa vendendo cereais e especiarias a granel. A Kitano foi comprada em 1989 pela Refinações de Milho Brasil e, seis meses depois,Yoshizo Kitano abriu a Yoki (junção das iniciais de seu nome). A Yoki  está com problemas familiares e não tem sucessores dispostos a tocar a companhia.
A linha de produtos da empresa é composta de cerca de 600 itens com sete marcas:
Yoki (cereais, pipocas, farináceos, sobremesas e produtos semi-prontos)
Kitano (ervas finas e temperos)
Yokitos (salgadinhos)
Yoklon (mingaus e farinha láctea)
Mais Vita (produtos naturais)
Chef Line (institucionais)
Tori (alimentos para pássaros).

Possui nove fábricas em funcionamento:
São Paulo (São Bernardo do Campo e  Marília)
Mato Grosso (Campos Novos dos Parecis)
Minas Gerais (Pouso Alegre)
Paraná (Paranavaí,Cambará e Guaira)
Pernambuco (Jaboatão de Guararapes)
Rio Grande do Sul (Nova Prata)
O faturamento da Yoki em 2010 foi de 1.1 bilhão de reais.


Quem é a General Mills

A General Mills teve sua origem com a Washburn-Crosby Co. que estabeleceu um moinho de trigo na segunda metade do século XIX. Em 1924 a empresa mudou o nome para Wheaties e no ano seguinte iniciou a fusão com outros moinhos transformando-se em General Mills, que em 1928 já era a maior empresa de moagem de cereais do mundo. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial a empresa foi convocada para produzir equipamentos de guerra, dentre os quais produtos químicos e elétricos.

A General Mills chegou ao Brasil em 1956 com a aquisição da Massas Frescarini (massas frescas) que foi fechada  em 2007 e transferida para a Argentina. Em 2001 comprou a Forno de Minas (pão de queijo), revendida para a familia fundadora em 2009. A partir de então, vem atuando no país apenas com duas linhas de produtos importados: barras de cereais Nature Valley e sorvetes Häagen-Dazs, vendidos em supermercados e em 12 sorveterias próprias. Sua sede fica em Minneapolis e tem cerca de 10.000 funcionários. Faturou em 2011 14.9 bilhões de dólares, sendo a quinta maior empresa de alimentos do mundo.












 

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