Conferência negocia governo de transição para Síria

Redação Reality Ininvestment MS - Mídias Internacionais

Foto: ONU

 

Em conferência convocada no sábado (30), pelo enviado da ONU para Síria, Kofi Annan,  em Genebra, as nações que buscam consenso internacional para resolução do conflito da Síria acordaram que um governo nacional unificado deve ser estabelecido para resolução do conflito na região.

 

De acordo com Annan, o governo deve ser formado por integrantes da oposição, do atual governo sírio e de outros grupos, com base em consentimento mútuo. Foi estipulado ainda, que nova administração também deve possuir poderes executivos, porém não esclarece se Bashar Al-Assad  poderia integrar o governo de transição.

 

Em um esboço anterior, o texto definia claramente que seriam excluídos do governo todos aqueles cuja presença e participação pudessem minar a credibilidade da transição, podendo colocar em risco a estabilidade e a reconciliação. No acordo firmado, o trecho foi omitido já que a Rússia,  é velha aliada de Assad.

 

Para a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o acordo abre caminho para a era pós-Assad. Hillary disse ainda que os Estados Unidos devem convocar o Conselho de Segurança da ONU, para submeter o acordo perante o organismo. Afirmou ainda que Assad deve sair do governo, e que a comunidade internacional está lidando com um regime assassino, e se nada for feito, outras mortes  ocorrerão e mais refugiados partirão para os Estados vizinhos, podendo causar maior instabilidade em toda região.

 

Em contra partida, a Rússia e China se posicionam a favor de que os próprios sírios devam conduzir todo o processo de transição. O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, expressou satisfação com plano firmado, e ressaltou que o plano aprovado não implica na saída do presidente sírio.

 

A conferência teve participação das potencias ocidentais, da Rússia, da Turquia e de países membros da Liga Árabe.

 

 

Escalada da violência

 

O levante contra o regime Bashar Al-Assad já dura 16 meses, e já atingiu um numero estimado de 15,8 mil mortos. A ONU tenta trabalhar uma resolução para o problema na região, através de tentativas de cessar fogo, que até foi aceita por Assad, no entanto, nunca cumprida.