CPMI requisita bloqueio de bens de Cachoeira e pessoas ligadas

 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as relações de Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados, pede nesta quarta-feira (19), ao Ministério Público Federal de Goiás (MPF) que determine novo sequestro de bens da quadrilha.

 

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPMI, se reuniu com o relator, Odair Cunha (PT-MG), o vice-presidente, Paulo Teixeira (PT-SP), e o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), na noite desta terça-feira para assinar o documento que será entregue. O pedido de bloqueio tem objetivo de buscar mais bens do contraventor e de sua quadrilha, e evitar a venda desses bens.

 

De acordo com os parlamentares a medida foi tomada em razão de uma reportagem publicada pelo jornal ?Correio Braziliense? em que denunciou a tentativa de membros da organização de vender os bens rastreados pela justiça com o intuito de sair do país.

 

 O pedido deve abranger também os passaportes de 81 pessoas envolvidas, para que sejam obrigadas a entregar à Justiça, sob pena de prisão preventiva.

 

A ação de bloqueio também é importante para garantir que pessoas de boa-fé não adquiram esses bens, que são de origem criminosa. ?Se alguém comprar algum bem de alguma pessoa envolvida com a organização criminosa, está assumindo um risco enorme de estar comprando um patrimônio ilegal que no futuro pode ser expropriado, sequestrado pelo Poder Público?, afirmou o deputado Odair Cunha.

 

Para justificar o pedido, os parlamentares alegaram que ?a organização criminosa continua operante mesmo após a prisão de seu líder e mentor, Carlos Cachoeira, desrespeitando os poderes constituídos, assolando a paz social e, sobretudo, articulando contra o sucesso e continuidade das investigações?.