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Prefeitura da Capital mobiliza 70 trabalhadores em mutirão contra dengue no Jardim Noroeste

21 Janeiro 2015 por:
Reality Ininvestment MS/Foto: Divulgação
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas próximas duas semanas a Secretaria Municipal Saúde (Sesau) vai promover um mutirão de limpeza no Jardim Noroeste para eliminar focos do mosquito transmissor, que envolverá 70 pessoas, incluindo os 30 agentes de saúde que atuam na região e 40 trabalhadoras recrutadas por meio do PROINC (Programa de Inclusão Profissional), além de dois caminhões e uma máquina retro-escavadeira. O trabalho está sendo iniciado pelo bairro, justamente porque é a região da cidade que apresentou o maior índice de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre Chikingunya. O Noroeste tem uma ampla extensão, com 12 mil terrenos, boa parte deles baldios, o que cria o ambiente adequado para o aparecimento dos focos.
 
Conforme o último LIRA (Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti), realizado na primeira semana do mês, no Jardim Noroeste foi constatado o índice de infestação de 3,8%. Isto significa que de cada 100 casas, em quase 4% foram encontrados focos do mosquito. Esta infestação é superior a média registrada em todo o município, que foi de 1,8%. 
 
Segundo o chefe do Controle de Vetores da Secretaria, Alcides Ferreira, o trabalho foi planejado em duas etapas. Até sexta-feira os 30 agentes de saúde vão bater de porta em porta pedindo aos moradores que mantenham limpo seus terrenos, retirem o material que possa servir de recipiente para água, coloquem o lixo em frente das casas para os caminhões recolherem. A partir da próxima segunda-feira, os 8 caminhões do CCZ(Centro de Controle de Zoonozes) estarão no bairro recolhendo o material.
 
Os primeiros a receber a visitar das agentes de saúde foram os moradores da rua Dois Irmãos, justamente aonde fica a Unidade Básica de Saúde. Eles estiveram, por exemplo, na casa de Nathilei Taina Vieira, que aos 17 anos já é mãe de João Vagner, que nem completou um mês de vida. As agentes conversaram com Natalia Augusta, que mora na última casa do conjunto Residencial Jardim Noroeste. ?É importante a população participar, mantendo seus terrenos limpos?, comentou a dona de casa. 
 
Outra frente de atuação será desenvolvida pelas 40 trabalhadoras braçais percorrerão as ruas do bairro catando garrafas, copos e todo o material que acabe servindo de reservatório de água. Elas colocarão o material em sacos de lixo para serem recolhidos posteriormente pelos caminhões. 
 
Outra preocupação é o recolhimento de pneus descartados pelas cinco borracharias existentes no bairro. Nesta semana quatro caminhões estão fazendo a coleta e levando o material para uma empresa de reciclagem na saída de Cuiabá. 
 
Esta ação preventiva iniciada no Noroeste, deve abranger também numa segunda etapa, o Jardim Nova Esperança o, que com 3,6% é o segundo colocado focos no ranking do último LIRA. Como é um bairro com características diferentes da do Noroeste (não tem poucos terrenos baldios), a estratégia será diferente. 
 
 
Ação preventiva
Embora o nível de infestação constatado pelo LIRA esteja acima do tolerado pelo Ministério da Saúde (acima de 1% já é considerado um índice preocupante), a Secretaria de Saúde não vê risco de Campo Grande voltar uma epidemia semelhante a de 2013 e da proporção da registrada em 2010, quando foram computadas 41.293 notificações de dengue. Embora o mosquito se prolifere, boa parte da população estaria imune ao vírus que está circulando, daí o número de casos ser relativamente menor que o de 2014: na primeira semana epidemiológica de 2015, foram 35 notificações, ante as 67 registradas em igual período do ano passado.
 
As medidas de prevenção que a Secretaria adotou em 2014, contribuíram para reduzir o número de focos do mosquito. Enquanto neste ano foi apurado o já mencionado 1,8% de infestação, ano passado, o índice nesta mesma época, foi de 2,1%. Ou seja, houve uma queda de 14%.
 
 
Por Flávio Paes
Do CG Notícias

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