COLUNAS

Férias com gosto de saudade

POSTADO EM 08 FEV 2016 por: Hiroshi Uyeda
Por Hiroshi Uyeda
 
 
 
 
 
 
Sair de férias é ótimo, mas não pode ser por período muito prolongado. A saudade aperta e a vontade de voltar vai tomando conta a cada momento.
 
À véspera da viagem, ao contrário, a expectativa é enorme. Projeta-se nos lugares a serem visitados, nos sabores, aromas, cores, nos futuros amigos e amizades. Cada um se preocupa com pequenos detalhes, os jovens com seus apetrechos eletrônicos, bonés, tênis coloridos; as mocinhas com biquínis, sapatos, sandálias, maquiagens, shorts e vestidos; e os pais com documentos, cartões de crédito, passagens, hotéis e malas.
 
Os dias, horas e minutos parecem-lhes lentos, tamanha a ansiedade. Finalmente, chega o tão esperado momento. Toda a família se acomoda no carro, entre malas, mochilas, biscoitos, refrigerantes e batatinhas fritas. 
 
Bela-vistenses com destino para outras regiões deste imenso país dirigem-se a Campo Grande, onde aviões os esperam. Mais ansiedade. 
 
Enfim, o início das merecidas férias! Chegaram ao destino. Acomodados em um apart hotel, no 10º andar de um lindo prédio, na rua da praia, maravilham-se com a belíssima paisagem.  Dele se descortina toda a orla marítima. A ansiedade ainda está presente. A ida à praia bem cedo fez de todos inusitados madrugadores. 
 
Mergulhos, jacarés, surf, caminhadas, espetinhos de camarões, peixes fritos, queijos assados, sorvetes, mates, salgadinhos, cervejas, caipirinhas fazem a festa de todos. À notinha saem sem destino certo. Caminham pela calçada da orla. Conhecem feirinhas de artesanato e se deliciaram com moqueca de peixe naquele frequentado restaurante da praia. Foram dormir cansados, mas satisfeitos. Ansiosos pelo dia seguinte.
 
Os dias se escoam céleres, mas a rotina repetitiva parece fazê-los longos, pois vai minando os ânimos, cansando. Praia todos os dias, muita comida, muito sol, repetidas visitas já não mais os fascinam. Começam a encontrar defeitos. Os jovens passam a dar mais atenção aos shoppings e ao WhatsApp, em permanente contato com os amigos da fronteira.
 
Começaram a sentir saudades. Saudades da chipa, da sopa paraguaia, do tereré, do Rio Apa, do silêncio repousante das noites somente interrompido por cantos dos pássaros nas manhãs, do cheirinho de mato, do mate, da guavira madura, do cafezinho na beira do fogão de lenha, dos amigos, das amigas, do vovô e da vovó. 
 
E, ao findar o período de férias sentem misto de alegria e resignação. Esta por deixarem os encantos do mar e aquela, maior, pelo retorno ao velho ninho.
 

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