COLUNAS

Magia da fronteira

POSTADO EM 20 FEV 2016 por: Hiroshi Uyeda
 
 
Por Hiroshi Uyeda
 
 
 
 
 
 
Para melhor entenderem o significado dos sentimentos mesclados de encantamento, emoção e saudade, será necessário ausentarem-se por algum tempo dos locais onde participaram de momentos repletos de magia naquela cidade distante, na fronteira com o Paraguai.
 
Mantêm-se na memória os movimentados bailes no Belavistense ou no Pedro Rufino, sob os acordes do sax do Ídio, do acordeom do Tranquilino, das afinadíssimas Orquestra Tabajara e Cassino de Sevilha. Ou, simplesmente, as serenatas sob o luar, na companhia das maravilhosas vozes do Glaucy ou do Peiêco.
 
Em todas essas ocasiões não poderiam faltar Mercedita, Paloma Blanca, La Barca, El Reloj, Besame mucho, Cielito Lindo, Passaro campana, Ansiedad, Caminito, El dia que me quieras, Guantanamera, La Bamba, La Golondrina, Lejania, Galopera, Perfidia. Quiere me mucho, Recuerdos de Ypacaray, Contigo en la distancia, Dos Almas, Tres palabras, Amapola, Vereda Tropical, Virgencita de Ca´acupe, Quando calienta el sol, A mi tierra, Usted, Historia de um amor, entre outras.
 
As lágrimas chegam de mansinho, sem pedir licença, os braços e mãos assumem batutas imaginárias e comandam ondas sonoras, ritmadas com os batuques de um coração romanticamente envelhecido, mas ainda cheio de candura, altaneiro e majestoso, evocando o passado para transformá-lo em maravilhosa reminiscência no presente. 
 
Tê-las nos arquivos do tempo tem valor acima da representatividade dos maiores tesouros do mundo. A elas se agregam outras inolvidáveis lembranças: o elegante gesto do pedido para dançar, com o corpo semi curvado, a mão estendida esperando ser tocada pela daquela deusa, a aproximação dos corpos, os primeiros passos do bolero ou da polca paraguaia em execução, os rodopios pelo salão despertando olhares dos presentes e suspiros de encantamento das jovens, o perfume daquele lindo corpo de mulher e o despertar de outros segredos íntimos e inconfessáveis, possivelmente de paixão ou de amor. Ao término do baile, a troca de olhares garante haver cumplicidade e, certamente, continuidade. Tomado por insônia, mais de madrugada, na solidão do quarto, o desejo de eterna perpetuação daqueles maravilhosos momentos. Até hoje presentes. Assim é a magia da fronteira.
 

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