COLUNAS

Um dia chegará

POSTADO EM 07 NOV 2015 por: Yroshi Uyeda
Por Hiroshi Uyeda
 
 
 
 
Amanhecia o dia como outro qualquer na linda Princesa do Apa, nos idos dos anos 60, sob os acordes de galos madrugadores, de sabiás em profusão nos arvoredos, do rangido forte do carro de bois cruzando as ruas com boa carga de lenha, do mugido das vacas soltas nas ruas completando com perfeição o bucólico cenário matinal. O céu anunciava mais um dia de muito calor, sem qualquer prenúncio de chuvas. Aos poucos a cidade despertava e todos se preparavam para mais um dia de trabalho.
 
Um dia, imaginavam seus habitantes, chegarão inventos maravilhosos para amenizar tamanha canícula. Quem sabe um sistema portátil e pessoal espalhando vento gélido sob as roupas. Para muitos, naquela época, bastariam aparelhos para refrigerar ambientes públicos, como os de bancos, hospitais, cartórios, secretarias, Fórum e Prefeitura Municipal. 
 
Um dia chegarão sistemas tecnológicos avançados para substituir os cansativos e repetitivos lançamentos manuais de débitos e créditos nas fichas gráficas de clientes dos bancos. Pequenas maquininhas com alavancas e teclas eram utilizadas para calcular juros, diariamente, nas contas de depósitos, sob comando manual. Quem sabe surgirão também sistemas permitindo depósitos e saques de dinheiro em terminais eletrônicos instalados em locais de grande movimento. 
 
Sonhar não custava nada e poderiam ser transformados em realidades. Aparelhinhos portáteis substituirão os telefones com manivelas, imensos e presos nas paredes. Os novos permitirão falar com parentes e amigos distantes, do outro lado do planeta, instantaneamente e sem precisar gritar. Mas, por enquanto, os telegramas dos Correios são as únicas alternativas. Demoradas, pois necessitam viajar de ônibus até Campo Grande.
 
Um dia chegará à cidade energia elétrica de qualidade, ininterrupta, não exposta a imposições de horários de fornecimento pela Prefeitura. Farta para atender às indústrias e ao comércio, ainda supridas por geradores próprios ou por lenha. Será muito bem-vinda pelas costureiras e cabelereiras. E até pelo pessoal do Baixadão. 
 
Um dia chegará algo tão fantástico para facilitar a vida de todo mundo. As comunicações serão instantâneas, permitindo trocar fotos, ver filmes, programas de televisão, ler jornais do mundo inteiro. ficar permanentemente atualizado, movimentar contas bancárias, solicitar comidas e fazer compras. Facilitará a vida de todos. Dos jornalistas com obrigações com o seu público, dos jovens em suas pesquisas escolares e das donas de casa por todos os motivos do mundo. Enquanto isso não ocorre, os mimeógrafos do Ginásio Santo Afonso reproduzem o noticiário semanal da Paróquia e os auto falantes do Cine São José alegram o público na Praça Álvaro Mascarenhas com as músicas de sempre. 
 
Um dia chegarão o asfalto para cobrir as ruas poeirentas e cheias de buracos; ônibus urbanos circularão entre as duas partes da cidade, sinais de TV sem quedas; telefonia de qualidade, hospitais e postos de saúde bem aparelhados; creches para as crianças; boas escolas; saneamento básico; segurança e empregos para todos. Enquanto isso não acontece, resta aguardar a criação do novo estado, o do Mato Grosso do Sul. Com ele a oportunidade de eleger Prefeitos e Vereadores comprometidos, exclusivamente, com o desenvolvimento da cidade e com seus eleitores. Ou haverá retrocesso.  
 

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