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Novo juiz designado para processo de Cachoeira marca data para depoimento

21 Junho 2012 por:

Foi divulgado nesta quarta-feira (20) através de uma nota, que o novo juiz federal a frente do processo de Cachoeira, Alderico Rocha Santos, com menos de 24h no cargo, já definiu as datas para que Cachoeira e os demais réus prestem depoimento à Justiça de Goiás. As datas foram definidas para os dias 24 e 25 de julho, e ainda afirmando que vai acelerar a tramitação do caso, e que deve ter a primeira etapa concluída até o fim de julho.

O juiz federal Alderico Rocha Santos, foi designado nesta terça-feira (19), pelo presidente do Tribunal Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador Mário Cesar Ribeiro, para atuar na ação penal que apura esquema criminoso comandando por Carlinhos Cachoeira. O magistrado que conduzia o caso pediu afastamento por estar sendo ameaçado junto com sua família por integrantes do esquema.

O responsável pela Operação Monte Carlo, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, pediu para deixar o caso em ofício encaminhado para corregedor-geral do TRF1, no ultimo dia 13. Segundo o magistrado, ele não possui mais condições de conduzir o caso, por estar correndo risco de vida junto a seus familiares.

 Nesse caso quem deveria assumir o processo seria o juiz Leão Aparecido Alvez, porém ele é suspeito de ter envolvimento com integrantes do esquema. A Polícia Federal teria identificado uma ligação do numero do magistrado para um integrante do esquema. O fato foi confirmado pelo juiz, que explicou que seu telefone era usado por sua mulher na época.

Alderico Rocha Santos foi o terceiro magistrado o ser convocado para conduzir o caso. O magistrado deverá ler todos os 53 volumes do processo para que possa tomar qualquer decisão. Ao todo são 80 pessoas acusadas de participar do esquema, que envolve crimes de formação de quadrilha, corrupção, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa.


Ameaças


No documento enviado, o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, relata que está sob forte de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas esclarece que sua família vem sofrendo ameaças.

De acordo com o magistrado, desde que assumiu a Operação Monte Carlo, ele já havia sido informado da possibilidade de ser alvo de represálias, o que o fez se submeter a um rígido esquema de segurança. Mais atualmente, delegados da PF alertaram o juiz para um risco ainda maior de represália no segundo semestre do ano.

Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, as ameaças ao juiz Moreira Lima são um caso de gravidade qualificada. Pois diante da gravidade dos fatos, a corregedora nacional de Justiça, a conselheira Eliana Calmon, está à frente da apuração dos fatos.

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