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Marcos Matsunaga foi decapitado ainda vivo, indica laudo do IML

15 Junho 2012 por:

Redação Reality Ininvestment MS/Foto Divulgação

Nesta quinta-feira (14), foi entregue inquérito à Justiça de São Paulo. Laudo do Instituto Médico Legal - IML aponta que Marcos Matsunaga foi decapitado ainda vivo. Após essa reviralvolta no caso, a polícia quer que Elize Matsunaga permaneça presa até o julgamento.

Para a polícia, o caso está encerrado. Durante a investigação, a mulher de Marcos confessou que matou e esquartejou o empresário no apartamento da família, na Zona Oeste de São Paulo. Ela disse que, durante uma discussão por motivo de traição do marido, levou um tapa no rosto, pegou uma pistola na gaveta e atirou a mais de 2m de distância.

No entanto, o laudo dos peritos aponta outra versão: no momento do tiro, Marcos estava abaixado. Elize estava de pé quando atirou, de cima para baixo e à queima roupa. Os vestígios de pólvora no rosto da vítima, vindos da arma, indicam que a distância era próxima do rosto do executivo, derrubando a versão de Elize em seu depoimento. De acordo com laudo, o executivo morreu por choque traumático, causado pela bala, e asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação.

Para o advogado Luiz Flávio D'Urso, que representa a família Matsunaga, o crime foi premeditado e o documento desmente a versão de Elize. "O que leva à conclusão de que estamos diante de disparo de arma de fogo que não o matou e que, posteriormente, segundo o laudo, em razão de ele ter tido o pescoço cortado ainda vivo, se asfixiou com o sangue decorrente desta decapitação", disse D'Urso.


Na Justiça


Elize Matsunaga permanece presa na cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. O advogado Luciano Santoro, que cuida da defesa de Elize, disse que ainda não teve tempo para examinar os laudos anexados ao inquérito e que vai aguardar a Justiça se pronunciar sobre a conclusão das investigações e o pedido de prisão preventiva.

A morte do executivo

O empresário foi morto com um tiro na cabeça e esquartejado na noite de 19 de maio no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital paulista. Elize foi presa em 5 de junho. O prazo da prisão temporária é de 15 dias. Para a Polícia Civil, após ouvir o depoimento de nove pessoas, a investigação concluiu que o crime foi passional e não premeditado.


Sobre  a confissão

A confissão de que assassinou o marido pode levar Elize a perder qualquer direito sobre a herança e até mesmo sobre a administração dos bens da filha. Nesse caso, é necessário entrar com o procedimento de "declação de indignidade", ação como é chamada para exclusão de herança sucessória, já que não é uma ação automática e dependende de ser proposta por outros herdeiros ou pelo Ministério Público. A Justiça prevê o prazo de quatro anos para que se promova a ação de exclusão de herdeiro por indignidade.


?O ato de indignidade regula uma pena civil para o crime, por isso ela perde também, neste momento, o direito de administrar os bens da filha.?Por força do dispositivo 1814 do Código Civil, Elize será excluída da sucessão?, afirmou, o advogado Martins Neto. A filha do casal, continua aos cuidados de uma tia (irmã de Elize), no triplex junto com as babás e a família Matsunaga faz visitas frequentes a qualquer hora.


Mais sobre o caso


Segundo a afirmação feita pela amante em depoimento de quatro folhas dado à Polícia Civil da capital na última terça-feira (12),  o primeiro encontro com o executivo aconteceu no dia 13 de fevereiro deste ano e que se encontrava com ele duas vezes por semana. Pelos serviços de acompanhante, ela recebia R$ 4 mil por mês.

A amante que é uma garota de programa, afirmou ainda, que Marcos a levou para conhecer a fábrica em Marília. Ainda segundo a amante, o executivo a apresentou como compradora de amendoim. Em uma outra viagem, foram para Montevidéu, no Uruguai. Segundo a moça, ele dizia que seu casamento estava em crise, com brigas cada vez mais frequentes, e que, o executivo teria mostrado arranhões no braço oriundos de uma agressão sofrida por Elize em uma dessas brigas. Marcos teria comentado que queria se separar o mais rápido possível.

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Em sua trajetória, a empresa guarda uma passagem considerada relevante, quando foi atingida pela crise econômica e teve que vender sua maior parte.

09 Junho 2012