NOTÍCIA

Violência na Síria

15 Julho 2012 por:

 

Redação Reality Ininvestment MS - Mídias Internacionais
 
Dias após o massacre de civis e rebeldes em Tremseh, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, recorre à China para tentar obter uma posição mais dura com relação aos atos do governo sírio. O secretário-geral contatou o chanceler chinês, Yang Jiechi, neste sábado (14), pedindo que a China use sua influência para tentar encerrar violência interna do país.
 
Ban Ki-moon tenta o apoio da China para aplicação imediata do plano de paz da ONU e Liga Árabe, apresentado por Kofi Annan, sobre o pedido de transição politica na Síria, e que foi aprovado pela China.
 
A conversa precede a viagem do secretário-geral à China, na segunda-feira. A busca por ajuda do governo chinês ocorre em um momento critico em que o conselho de segurança se encontra dividido, entre ocidente que propõe ações rígidas contra a Síria, e o oriente, com Rússia e China rejeitando qualquer agravamento das sanções.
 
 
Ataque a Tremseh
 
O que vem sendo considerado, talvez, o ataque mais sangrento que se tem conhecimento a civis e rebeldes na Síria, ocorreu na quinta-feira (12), no vilarejo de Tremseh, na província de Hama. De acordo com informações veiculadas, o numero de mortos ultrapassa 200. 
 
Se investigações confirmarem o número real, esse poderá ser o pior massacre desde o inicio do levante contra o presidente Bashar al-Assad até agora. A última ocorrência de semelhante magnitude ocorreu no vilarejo de Houla, onde 108 pessoas foram mortas.
 
Relatos veiculados por ativistas e testemunhas da região, davam conta de um cenário de horror no vilarejo de Tremseh. O ataque teve inicio logo no começo do dia pelo exercito sírio e milícias pró Assad, conhecida como Shabiha.
 
O vilarejo amanheceu sendo cercada por veículos militares, e teve as linhas de telefone e eletricidade cortadas, o que deixou a população em pânico. Aparentemente os militares buscavam rebeldes e desertores. 
 
Com a cidade cercada por todos os lados, o ataque teve inicio, que de acordo com testemunhas, foram utilizadas diversos tipos de armas de guerra, entre morteiros, artilharias e metralhadoras. Grupos de oposição ainda incluem nesse rol helicópteros e tanques de guerra.
 
Quando houve a redução dos bombardeios, a milícia Shabiha entrou na cidade buscando e executando brutalmente os sobreviventes. 
 
 
Observadores da ONU
 
A missão de observadores da ONU na Síria confirmou que durante o dia de quinta-feira houve confronto contínuos ao longo do dia na região. Os relatos são que houveram unidades mecanizadas e helicópteros.
 
Os observadores só tiveram acesso à cidade no sábado, onde constataram o confronto. Aparentemente os ataques foram dirigidos a locais a grupos específicos. 
 
Em um comboio de 11 carros, os observadores foram até a cidade avaliar a extensão do confronto, e lá encontraram uma escola incendiada e diversas casas destruídas. De acordo com o relato da missão, diversos tipos de armas foram realmente utilizados no local. 
 
O número de vitimas ainda é incerto, a equipe deve retomar a avalição neste domingo na região.
 
 
Governo sírio
 
O governo da Síria por sua vez, nega as acusações de que teria havido um massacre no vilarejo, e destaca que a declaração feita pela missão da ONU na Síria é precipitada com relação à utilização de armas pesadas ou helicópteros no confronto no vilarejo de Tremseh.
 
De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Síria, Jihad Makdissi , as forças de segurança não executaram nenhum massacre, o que houve foi uma operação militar contra terroristas fortemente armados que haviam tomado a localidade e representavam perigo para população.
 
Na declaração ressalta que o governo sírio somente utilizou veículos leves para transporte de tropa e armas leves, sendo a mais pesada um lança foguetes.
 
A localidade estaria sendo usado como ponto de lançamento de ataques por grupos terroristas contra a população de cidades ao redor. Segundo Makdissi o confronto não foi contra civis, mas sim contra grupos terroristas. 
 
 
Repercussão
 
As informações do confronto em Tremseh provocaram indignação na comunidade internacional, e a condenação unânime do ato. Ban Ki-moon busca auxilio agora para tentar impor sanções mais rígidas sobre a Síria.
 
O governo brasileiro por sua vez, que tem o perfil de se manter cauteloso com relação ao assunto, endureceu a condenação sobre as ações do governo sírio, e cobrou diretamente o cumprimento do plano de paz da ONU.
 
Alguns países classificaram a ação como um massacre ocorrido em Tremseh. Para o primeiro-ministro Turquia, Receo Tayyip, o fato foi uma ?tentativa de genocídio?. Já a secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que o ocorrido é uma evidencia incontestável do uso da força de Assad contra civis.
 
A posição russa, invariavelmente, foi de que requisitar uma investigação para apurar o ocorrido, e ressaltou que vetará qualquer resolução referente ao uso da força na Síria.
 
Desde o inicio do levantes contra Assad, estimativas dão conta que ao menos 17 mil pessoas já morreram no país. O conflito já dura 16 meses e caminha para guerra civil total.

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